A prática de exercícios físicos ao ar livre, traz inúmeras vantagens para o corpo e a mente.

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''Nossa história é uma história de domínio do intelecto sobre o corpo, do senhor sobre o escravo, do patrão sobre o trabalhador. Ou seja, sempre de separação entre o corpo e a mente. Vivemos de explorar nossos semelhantes e submeter o trabalho corporal ao intelecto". Freire, João Batista - De Corpo e Alma: o discurso da motricidade / São Paulo, 1.991, cap.I, pág.27.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

MILITARISMO

Militarismo

Militarismo ou ideologia militarista é a idéia de que uma sociedade é mais bem servida (ou de maneira mais eficiente) quando governada ou guiada por conceitos incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Militaristas sustentam que a segurança é a mais alta prioridade social, e alegam que o desenvolvimento e a manutenção do aparato militar assegura essa segurança. Militarismo denota a tendência a expandir a cultura e os ideais militares a áreas fora da estrutura militar – principalmente a negócios privados, política governamental, educação e divertimento.
O militarismo está arraigado na sociedade desde a mais remota antiguidade. Em todas as civilizações desde o início da história humana no planeta Terra, as atividades guerreiras e a guerra estão presentes.

Religiões e Mitologias

Na história das religiões e nas mitologias mais diversas, são conhecidos centenas de deuses protetores das atividades bélicas, chamados também de deuses marciais. Acredita-se que a sociedade militarista surgiu na Grécia Antiga. O maior exemplo deste fenômeno foi Esparta, entre o século IX a.C. e o IV a.C.. Naquele povo havia uma sociedade de guerreiros que estruturalmente se organizava como uma casta. Estes se identificavam como uma sociedade de iguais. Na Bíblia também existe menção ao Deus dos exércitos no Antigo Testamento, enquanto que no Novo Testamento este foi substituído por um Deus de paz, benevolência e perdão. Entre os cristãos, Santo Agostinho considerou a guerra uma manifestação da vontade divina, São Bernardo pregava guerra santa e as cruzadas e São Tomás elaborou a teoria da guerra justa. Para os islamitas, a guerra para a propagação da fé é dever de todo religioso.

Revolução burguesa e Napoleão Bonaparte

Modernamente, acredita-se que o militarismo assumiu o poder nacional pela primeira vez em 1799 com Napoleão Bonaparte na França. Desta forma, a revolução burguesa atingiu seu objetivo, isto é, a derrubada da monarquia absolutista, entregando o poder político aos militares para garantir os privilégios recém-conquistados. Houve a partir daí uma ruptura da índole mercenária dos exércitos. Estes acabaram por se transformar em instituições nacionais, onde a profissionalização dos militares trouxe a consolidação e a construção das nacionalidades, aprofundando e fortalecendo sua influência sobre as nações.

Prússia e Bismarck

Na Prússia, partir de meados do século XVIII até Bismarck assumir o poder nacional em 1871, houve a confirmação de que o militarismo estava iniciando seu domínio sobre algumas nações, ou seja, as Forças Armadas nacionais estavam impondo uma nova concepção de domínio.
Carl von Clausewitz, no início do século XIX, afirmou (sic)..."a subordinação da guerra à política" na sua obra clássica Der Krieg (A guerra) (1832-1837), afirmando que (sic)..."a guerra é a continuação da política com o emprego de outros meios", ainda que "é o político que comanda o fuzil, não o inverso".

A revolução russa e a bipolarização

Depois da revolução russa de 1917, houve um substancial crescimento da importância do domínio das Forças Armadas sobre as nações. Além do aumento do poder do militarismo, ainda houve o início da influência ideológica sobre seus componentes. Entre a revolução russa e a segunda guerra mundial, a ideologia nas forças armadas iniciou uma importante escalada em rumo à bipolarização mundial.

Guerra fria

Finda a guerra, e aumentando a polarização ideológica, o mundo se dividiu em dois blocos. Iniciou assim a guerra fria por influência militar e ideológica dos Estados Unidos e da União Soviética.

O militarismo e as ditaduras militares

O militarismo e a escalada armamentista foram constantemente financiados e utilizados nos países do terceiro mundo, ou em desenvolvimento, em que as forças armadas nacionais se fortaleceram e ampliaram sua atuação interna com a justificativa de combater, ora o comunismo, ora o "imperialismo capitalista".
Ou seja, no século XX, o militarismo encontrou um terreno fértil política e ideologicamente tanto nos países socialistas como nas potências hegemônicas do sistema capitalista, para implantar ditaduras militares que se submeteram à influência e dominação de cada uma daquelas superpotências.
Os Estados Unidos da América estimularam os golpes militares na América Latina, que deu origem à Operação Condor, receosos de uma revolução comunista.Na década de 80, com o fim da guerra fria, os regimes militares passaram pelo processo conhecido por redemocratização.

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